16 de agosto de 2014

Porralouquice marca 'Não Pare na Pista - A melhor história de Paulo Coelho'


Confesso que nunca li nenhum livro de Paulo Coelho. Gosto muito de Raul Seixas, e por acaso estou re-ouvindo sua discografia inteira, incluindo raridades como 'O Rebu', trilha de novela composta pela então dupla Seixas/Coelho. Obviamente, da melhor fase do maluco beleza. Fora disso, jamais abri 'Diário de um mago', 'O alquimista' e tantos outros que até passaram pelas minhas mãos, ou me foram recomendados. Ponto, nova linha.

Estreou no dia 14 'Não Pare na Pista - A melhor história de Paulo Coelho', cinebiografia escrita por Carolina Kotscho - de '2 Filhos de Francisco' - a partir de depoimentos colhidos com o escritor, e dirigida por Daniel Augusto - de 'Amazônia Desconhecida'. Em quase duas horas, a história vai em três eixos, a começar pelo adolescente Paulo, internado por duas vezes pelos próprios pais em hospícios, entre outros percalços. O segundo é o Paulo Coelho da fase Raul Seixas, barba, cabelo comprido, rock, drogas, ocultismo, sexo e porralouquice. O terceiro é o autor em 2013, consagrado, no topo do mundo, inadvertidamente repetindo o caminho de Santiago de Compostela, após se perder na Espanha, indo para uma festa em sua homenagem. Excelentes interpretações, trilha sonora de primeira, de dar vontade de bater palma junto, e aquela sensação de triunfo, do jovem incompreendido pelos pais que se torna "o autor vivo mais traduzido que Shakespeare", como dizem os créditos finais. Confesso que fiquei com vontade de ler sua revista do começo dos anos 70, chamada '2001'. E algum de seus livros.

Lançado o jornal Nossa Saúde

Ao centro, editor faz um breve relato do nascimento do jornal

Na tarde deste sábado, 16 de agosto, o Museu de Comunicção Hipólito José da Costa foi palco para o lançamento do mensário Nossa Saúde, da editora Conceito. O veículo traz matérias e colunas sobre medicina preventiva, envelhecimento, psicologia, odontologia, alimentação saudável, homeopatia, saúde dos animias de estimação e cultura, com distribuição gratuita. A iniciativa foi do jornalista Cezar Rodrigues e do professor de Português e advogado Landro Oviedo, que fizeram os principais pronunciamentos durante o evento. A programação encerrou com apresentação de música gaúcha e coquetel de confraternização. Contatos podem ser feitos através do editoraconceito.com.br.

O desvendar de Gotto



Inaugurou nesta semana a exposição de escultoras de Mauri V. Menegotto. Nascido em Bento Gonçalves - cidade vizinha à minha cidade-natal, Veranópolis - e dedicado às formas em pedra e madeira, apresenta um sensível olhar sobre a forma humana. Muitas peças lembram a arte pré-histórica, com suas formas sutis e cruas, resultado de um pensar. "Minha ambição através da escultura é desvendar o mistério e o fascínio que é o surgimento da vida e da jornada humana", explica o artista. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta, das 8h30min às 18h, até 12 de setembro. O local é o Memorial do Ministério Público, junto à Praça da Matriz, belo casarão com um formidável porão, cuja beleza concorre com as próprias exposições que abriga. Vale a visita para o apreciador de Arquitetura.






Da série 'Poesia em metro'

FÉRIAS NUM TRAILLER

Só sei que quando abro a janela e o vento me acorda
sinto vergonha por ter adormecido
Mantive longe os parentes
só mandei os presentes e trouxe a TV comigo
Só sei que ficar sozinho & enlatado parece clausura
parece tortura, parece contigo
parece que sim
Chove, mas eu fico seco
lá fora, mas eu fico dentro
parece que o ponto que eu piso é o núcleo, o centro
Dias e dias parado, só o pulso trabalha
marca os segundos até morrer
marquei contigo mas não posso ir
Estou crucificado aqui no assoalho
t-shirt básica como mortalha.